quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nossas escolhas e as "surpresas"


Eu sempre me responsabilizei pelas minhas escolhas. Acho que poucas vezes voltei atrás no que decidi e mesmo sabendo das consequências que poderiam ocorrer, nunca tive medo de experimentar, como se diz por aí, "saber no que vai dá"! Mas as experiências, as escolhas nos trazem "surpresas" e isso acontece porque envolvem pessoas e pessoas são difícieis de compreender. Conhecemos alguém e essa pessoa toma algum tipo de forma na nossa vida, passamos a conhecer o íntimo dela, mas não do que, verdadeiramente, ela é capaz, de como ela pode nos surpreender. As vezes as supostas "surpresas" são boas, mas na maioria são ruins.

É claro que sei que as pessoa são composta de vários sentimentos, de virtudes e defeitos, mas quando eu descubro um outro lado de alguém, pra mim, é muito difícil. Simplesmente porque me encanto e idealizo no primeiro olhar, o que é absolutamente normal. Eu achava que com o tempo, com as experiências que os anos me trouxeram, essa minha visão romântica que tenho das pessoas pelas quais eu me interesso, iria passar. Tenho um lado meio poético das situações inusitadas e talvez isso me cause tanta dificuldade de aceitar o que é real, de ver as pessoas como elas são! Mesmo reconhecendo esse meu lado, nunca me esquivei das minhas escolhas. Se decidir viver uma determinada situação, vivo intensamente. Não deixo pra decidir amanhã porque amanhã não é hoje, o dia em que a situação chegou na minha vida. Amanhã não tem mais o mesmo sentido, a mesma verdade.

Costumo dizer que não me arrendo do que faço, e mesmo quando reconheço que minha escolha me causou dor, ainda sim, digo que não me arrependo porque acredito que nada acontece por acaso, eu tinha que passar por isso pra "saber o que no que ía dá", e deu. Hoje sei o resultado! Conheço agora o outro lado da pessoa que me causou tal sentimento. E o bom disso tudo é que lá na frente, ao me deparar com uma situação como esta eu certamente, farei uma outra escolha, diferente da que me causou tantas "surpresas".
Mesmo com a dificuldade de aceitar que as pessoas não são o que, no meu primeiro olhar, achava que era, continuo apostando nas experiências, nas escolhas que vida nos coloca. Se serão boas ou ruins, isso, mais uma vez só o tempo dirá... E aí a gente começa tudo de novo.